terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Stereo Love

Um pensar subtraido pela vida, vida essa nao pensante, mas cativada deixando a opressao, a amargura, a distracçao, o irreal.
A dor tambem essa era real, predominante, como que um sentido invertido, negligente, e insensato.
Por esses detras desses olhos negros nao existe nada mais que um buraco ao infinito, um buraco negro e gelido, contaminado com a aversao do mundo, as lugubres lembranças, as intrigas que só os fantasmas que encarnam todas aquelas lagrimas compreendem.
O caminho esse é seguido, sem ordem, descordenado, invertebrado, mas com uma estrutura, um lema, que só o viver, o pode ditar.
Aquela falta ressequida, de um substrato por vezes é consumada pela tristeza, mas outras vezes fica estagnada, a procura de um atrito, uma inercia, ou somente algo que cubra as lacunas provocadas.
Quem sou eu na verdade, que se nao o nada de ontem, o nada de hoje, e o nada de amanha, a procura pode parecer incessante, instigada pela força que cresce e decresce sem pre-aviso, mas a conclusao ainda que por escrever é um sonho que mais do que imaginado, é vivido, por quem ou o que?, só o tempo o dirá.
Um beijo contundente que ainda ressoa nos meus ouvidos, e faz com que o coraçao bata desenfreadamente, esse foi o sonho, que alguem sonhou, e deixou que a neblina o espalha-se, facilmente, o estrangulador buraco negro lhe sugou a alma, e a dura realidade estalou novamente por cima dos meus ombros.