sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

O luar assombrado

Primeiro capitulo
Eu e eu

Algures em Londres existe uma casa habitada por uma fantasma, completamente diferente de todos os fantasmas até agora existentes…
-Viver neste mundo á cem anos atrás é sem duvida uma grande aventura, que eu posso relatar aos mínimos pormenores, e porque?, porque sou uma fantasma erudita!
Londres, actualmente a cidade das luzes antigamente não passava de cidade do crime, e quem presenciou os mais temíveis e sangrentos crimes?, claro que só poderia ser eu!
Porque sou aventureira e corajosa, enfim, mas os tempos mudaram e agora eu estou fechada nesta casa com cheiro a mofo, e cheia de teias de aranha.
Na semana passada veio cá uma família, e uma mulher horrorosa que os incentivava a virem viver para cá, é do tipo os peixeiros a vender o peixe, “o meu peixe é melhor que o dele”, mas esqueceu se de mencionar o grande detalhe que faz com que as pessoas que ocuparam esta casa antigamente, não ficassem cá durante muito tempo, eu!
Odeio humanos, eu quando era humana, era uma pessoa sensacional, todos me adoravam, e quando morri tornei me uma fantasma perfeita, porque se quando era humana para ser prefeita precisava de mais liberdade, agora tenho liberdade completa, logo sou perfeita!, já os humanos, bem, são tão enfadonhos, mas existe uma palavra que os caracteriza melhor, hum, talvez idiotas, ou seria melhor egoístas, não, parece me que hipócritas é perfeito!
O pior nessa historia toda é que aquela família adorou a minha casa e vai se mudar para cá, e pelas minhas contas eles chegam amanha, mas eu em dois dias meto-os daqui para fora.
Afinal quem pode, pode!
Hoje vou tirar o dia para um bom descanso, estava mesmo a pensar ouvir musica na minha telefonia do sótão, lá existem coisas maravilhosas, todas minhas, claro.

Segundo Capitulo
Novos moradores

-A musica de ano para ano piora em termos de qualidade não haja duvida, a melhor altura foi daquela cantora, Cindy Lupper, ó sim, grande cantora!
De repente o som da porta da entrada a abrir se, conjuntamente com as vozes humanas chama lhe a atenção.
Ela sai do sótão e vai ao encontro das vozes, e é então que se depara com a família que tinha visitado a casa na semana anterior, foi então que os planos de como tirar aquela família da casa começaram lhe a surgir na cabeça.
Plano numero um: Fazer as luzes tremeluzirem, e fazer barulhos sinistros durante a noite.
-Como eles só ligam as luzes quando escurece lá fora, e o sol ainda esta no alto, vou certificar me que o meu quarto não é ocupado por ninguém.
Quando chega ao quarto para seu total azar, já estava ocupado, e alguém já havia espalhado, incensos e velas por toda a parte.
-Eu não acredito! O meu quarto foi invadido por uma bruxa!
-Quem está ai? – uma voz soou por detrás da porta do guarda vestidos .
-Não me faltava mais nada, para alem de bruxa, consegue ouvir me!
-Quem está ai? – nesse instante que repetia a pergunta a jovem saiu detrás da porta do guarda vestidos, que a escondia, e a fantasma pode vislumbrar uma rapariga que devia ter os seus dezassete ano, mas demonstrava a graciosidade de um cisne que desliza na agua, os olhos exibiam uma tonalidade negra, que mostrava uma faceta selvagem como uma leoa, as feições eram puras e perfeitas como uma boneca de porcelana.
-Quem és tu – pergunta o bela jovem
-Oh não, isto era mesmo o que me faltava, ela consegue ver-me!
-È claro que te consigo ver, porque não haveria de conseguir? – a sua voz era melódica e cristalina adornada pela pureza .
-Porque eu sou um fantasma, um espírito, um espectro ou o que quiseres me chamar, mas prefiro fantasma é um termo mais carismático.
Nesse instante, todas as feições da rapariga mudaram, um sorriso radiante iluminava-lhe o rosto.
-Tu queres ajudar para ir para a luz?, como se costuma dizer nos filmes..
-Eu não acredito que ouvi isto!, não me faltava mais nada a não ser uma miudinha esquizitoide com mania que é a madre Teresa de Calcutá!
-Miudinha?! – a cara perdera o brilho anterior para se tornar em perplexidade – tu não deves ser muito mãos velha do que eu!
-oh claro que não só cento e dezoito anos – a voz da fantasma transparecia sarcasmo.
A rapariga ficara boquiaberta, era sem duvida incrível.
-Que fantástico! – a sua face voltara ao brilho anterior
-Oh bolas! Que sorte madrasta a minha, de qualquer maneira quero tu e a tua família daqui para fora.
-Porque? – apesar de ferocidade do olhar, a sua aparecia era frágil.
-Porque a casa é minha!
-Mas… tu estas aqui sozinha á cento e dezoito anos, deve ser horrível, estar só durante tanto tempo.
Com uma expressão altruísta a fantasma diz – Ninguém é suficiente bom para merecer a minha presença e para alem de mais eu só estou cá á cem anos!
-Toda a gente precisa de alguém! – contestou a rapariga com os olhos tremeluzindo
-Mas eu sou a mais bela das criaturas, sou um fantasma, sua miudinha insuportável!
-Joanna
-O que?
-Chamo me Joanna, por isso não me voltas a chamar miudinha!
-Seja como for, vocês vão sair desta casa a bem ou a mal!
-Ok! Agora começas a chatear me sua fantasmazeca com nariz empinado – os seus olhos selváticos tornaram se mais escuros demonstrando a impaciência que se formava dentro de si – porque é que não podemos ser amigas?
-Oh por favor miudinha insuportável qual é a parte de eu querer viver sozinha que tu não percebes?

2 comentários:

  1. Gostei! Estás a começar um livro?

    Gostei especialmente do nome dela hehe xD

    ResponderEliminar
  2. Gosto tanto de tudo o que escreves.. ainda vais ser famosa ;)


    Teh

    ResponderEliminar